MEU FILHO(A) PRECISA IR AO OFTALMOLOGISTA?
A visão faz parte dos cinco sentidos imprescindíveis para o pleno desenvolvimento físico e cognitivo da criança. Por isso, o exame oftalmológico na infância é essencial para identificar precocemente qualquer possível alteração que possa afetar seu desenvolvimento, avaliando a acuidade visual, a motilidade ocular, desvios oculares (estrabismo) e a presença de ametropias (miopia, hipermetropia e astigmatismo).
Ao nascimento, nossa visão é um borrão que vai se aperfeiçoando ao longo dos primeiros anos de vida. Erros como refração (miopia, hipermetropia e astigmatismo) ou estrabismo, podem levar ao desenvolvimento incompleto da visão: a ambliopia (olho preguiçoso). Além disso, a estereopsia (noção de profundidade que temos ao fundir a imagem com os dois olhos) também se desenvolve nesse período. Todo desenvolvimento ocorre até os 7 anos de idade e após essa faixa etária, os danos são irreparáveis.
As crianças muitas vezes não conseguem expressar claramente seus problemas visuais. Enxergar com um único olho, para elas, já é suficiente para realizar suas atividades sem dificuldades. E para os pais, isso pode passar despercebido. Dessa forma, não espere uma queixa espontânea para que seja realizado o exame, pois ele é muito importante para o desenvolvimento visual e acadêmico da criança.
A Sociedade Brasileira de Oftalmologia Pediátrica recomenda que os recém-nascidos devem ser submetidos ao Teste do Olhinho (teste do reflexo vermelho) até 72 horas de vida; já a primeira avaliação completa deve ocorrer ainda no primeiro ano de vida, preferencialmente entre 6 a 12 meses. Nas crianças com exame oftalmológico normal, a consulta deve ocorrer entre 3 a 5 anos de idade e após, anualmente.
* Texto escrito em colaboração pela Dra. Marina Fiorot e Dra. Karina Eiko Yamashita, ambas oftalmologistas e mães de alunos da Tiny People.